quinta-feira, 28 de maio de 2015
O menino e o padre
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
A fruta
Hoje está um lindo dia para um passeio nesse maravilhoso e verde Bosque...Um Menino caminhava tranqüilo pelo bosque, olhando as árvores e admirando aquela bela natureza...Então ele viu uma coisa que o deixou maravilhado. Era uma frutinha presa no alto de um monte. Mas, não era uma fruta comum, era a fruta mais brilhante e bonita que já havia visto. E ele disse: - Tenho que pegar essa fruta. Não me parece nada difícil, é só subir o montinho e pronto... E com firmeza, ele começou a escalar o pequeno monte. Quando ele já estava quase na metade do caminho, um pedaço de pedra se quebrou e ele caiu. Então ele disse: - Não prestei atenção direito... Dessa vez vou subir com mais cuidado! Decidido, resolveu subir outra vez. E nesse momento, começou a cair uma chuva muito forte seguida de trovões. De repente deu um grande relâmpago, e um raio muito brilhante caiu sobre o monte, muito perto dele. Ele levou o maior susto de sua vida, e, de novo, caiu da pequena montanha. Depois do susto, ele disse: - Essa fruta tá ficando difícil. Mas, como ela me parece muito suculenta, e a chuva já passou, vou lá pegá-la. E mais uma vez começou a escalar a encosta. Depois de analisar bastante a situação, ele disse: - Acho melhor subir com uma corda. Ele jogou a corda e a laçou numa pedra no alto do monte, e outra vez, iniciou a subida. Por incrível que pareça, no meio da subida, a corda se partiu e ele caiu uma vez mais. Depois de terminar a escada, ele subiu e sorrindo comentou: - Com a escada tudo parece mais fácil. Acho que dessa vez consigo. Lá vou eu... Agindo assim, finalmente ele chegou no topo do monte. Muito contente, olhou a fruta e exclamou: - Valeu a pena o trabalho que tive. Depois de tantas dificuldades, você parece muito mais bonita. E colheu a fruta. Vitorioso, ele desceu e foi para casa dizendo: - Apenas uma pessoa merece esta tão bela e valorosa fruta, e ela é a minha Mãe.
Os obstáculos, sempre vão existir na vida das pessoas. Lutar e tentar vencê-los é o verdadeiro desafio!
O menino, o burro e o cachorro
Um menino foi buscar lenha na floresta com seu burrico e levou junto seu cachorro de estimação.
Então o Jumento virou-se para ele e respondeu:- É Claro, não é você quem vai levar!
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O menino e o padre
Um padre andava pelo sertão, e como estava com muita sede, aproximou-se duma cabana e chamou por alguém de dentro.
Veio então lhe atender um menino muito mirrado.
- Bom dia meu filho, você não tem por aí uma aguinha aqui pro padre?
- Água tem não senhor, aqui só tem um pote cheio de garapa de açúcar! Se o senhor quiser... - disse o menino.
- Serve, vá buscar. - pediu-lhe o padre.
E o menino trouxe a garapa dentro de uma cabaça. O padre bebeu bastante e o menino ofereceu mais. Meio desconfiado, mas como estava com muita sede o padre aceitou.
Depois de beber, o padre curioso perguntou ao menino:
- Me diga uma coisa, sua mãe não vai brigar com você por causa dessa garapa?
Surpreso e revoltado, o padre atira a cabaça no chão e esta quebra-se em mil pedaços. E furioso ele exclama.
- Moleque danado, por que não me avisou antes?
O menino olhou desesperado para o padre, e então disse em tom de lamento:
- Agora sim eu vou levar uma surra das grandes; o senhor acaba de quebrar a cabacinha de vovó fazer xixi dentro!
Nota:
Conto regional do nordeste, muito conhecido em quase todas as cidades do interior, de Pernambuco ao Maranhão.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
O reformador do mundo

Américo Pisca-Pisca tinha o hábito de pôr defeito em todas as coisas. O mundo para ele estava errado e a natureza só fazia asneiras.
— Asneiras, Américo?
— Pois então?!... Aqui mesmo, neste pomar, você tem a prova disso. Ali está uma jabuticabeira enorme sustentando frutas pequeninas, e lá
adiante vejo uma colossal abóbora presa ao caule duma planta rasteira. Não era lógico que fosse justamente o contrário? Se as coisas
tivessem que ser reorganizadas por mim, eu trocaria as bolas, passando as jabuticabas para a aboboreira e as abóboras para a jabuticabeira.
Não tenho razão?
Assim discorrendo, Américo provou que tudo estava errado e só ele era capaz de dispor com inteligência o mundo.
— Mas o melhor – concluiu – não é pensar nisto e tirar uma soneca à sombra destas árvores, não acha?
E Pisca-Pisca, pisca-piscando que não acabava mais, estirou-se de papo para cima à sombra da jabuticabeira.
Dormiu. Dormiu e sonhou. Sonhou com o mundo novo, reformado inteirinho pelas suas mãos. Uma beleza!
De repente, no melhor da festa, plaf! Uma jabuticaba cai do galho e lhe acerta em cheio no nariz.
Américo desperta de um pulo; pisca, pisca; medita sobre o caso e reconhece, afinal, que o mundo não era tão mal feito assim.
E segue para casa refletindo:
— Que espiga!... Pois não é que se o mundo fosse arrumado por mim a primeira vítima teria sido eu?
Eu, Américo Pisca-Pisca, morto pela abóbora por mim posta no lugar da jabuticaba?
Hum! Deixemo-nos de reformas. Fique tudo como está, que está tudo muito bem. E Pisca-Pisca continuou a piscar pela vida em fora, mas já sem cisma de corrigir a natureza.
Fábulas – 16 ed
Editora Brasiliense – SP – Brasil - 1973
sábado, 27 de março de 2010
domingo, 23 de agosto de 2009
Um gatinho abandonado

Rubo Medina
terça-feira, 11 de agosto de 2009
– Mas dona centopéia, para que tantas patinhas? A senhora precisa mesmo delas? Olha eu só tenho seis e são mais que suficientes!Posso fazer tudo, correr, trepar nas paredes, me esconder nos buracos. Ninguém consegue me acertar na primeira nem na segunda chinelada!
– É – respondeu a centopéia –, eu não havia pensado nisso! E olha que tenho essas cem patinhas desde que nasci. Cinquenta de um lado e cinquenta de outro...
– Como a senhora faz quando tem uma coceira? – Perguntou a barata. – Já imaginou o trabalhão, coçando daqui e dali, sem parar? Deve ser um inferno ter tantas patinhas! Por que a senhora não amarra noventa e quatro e fica com seis como eu? Vai ficar muito mais fácil e senhora vai inclusive correr muito mais como eu.
Centopéia é o nome popular de um animalzinho com muitos pares de patas. Esse animalzinho, conforme a espécie pode ter de 15 a 171 pares de patas. Algumas espécies são venenosas, porém suas picadas não oferecem risco de morte.
Responda
Você acha que a centopéia deveria aceitar a sugestão da barata? Por quê?
terça-feira, 28 de julho de 2009
O pinheirinho

Era uma vez um pinheirinho.
Na floresta, no meio das outras árvores cobertas de folhas, ele era o único que só tinha agulhas. Agulhas e mais agulhas. E como se queixava!
– Todas as minhas amigas têm folhas, lindas e verdinhas. E eu, só espinhos! Com eu queria ter folhas, folhas de ouro! Todo mundo ia ficar com inveja de mim!
E no dia seguinte, ao acordar, o pinheirinho ficou maravilhado:
– Cadê meus espinhos? Sumiram. E eu ganhei as folhas de ouro que queria! Que felicidade!
E todas as árvores, olhando o pinheirinho, diziam:
– O pinheirinho é de ouro!
E aí aconteceu que um ladrão muito feio entrou na floresta e ouviu a conversa das árvores. E pensou: “Um pinheirinha de ouro!? Está pra mim!”
Mas o ladrão tinha medo de ser encontrado, por isso voltou só quando escureceu, com um saco bem grande. Depois arrancou todas as folhas. Não deixou sobrar nenhuma.
No dia seguinte, quando viu que estava pelado, o pobrezinho começou a chorar.
– Não quero mais ouro! – falou baixinho. – Os ladrões vêm e carregam tudo. Eu queria ter folhas de vidro, vidro também brilha.
Pois bem, no dia seguinte, ao acordar, estava com as folhas que queria. Todo contente, ele falou:
– Em vez de folha de ouro, tenho folhas de vidro. Estou bem tranqüilo. Não vão me tirar.
E todo mundo que estava por perto falava assim:
– Olha o pinheirinho com as folhas de vidro!
Mas anoiteceu, veio chuva e vento, uma tempestade. Não adianta pedir, não adianta chorar: o vento balança o pinheirinho e leva suas folhas. Não fica nenhuma.
Acabou a noite, já veio o dia. Quando vê o estrago, o pobre pinheirinho começa a chorar:
– Pobre de mim! Quanta desgraça! Estou nu de novo. Minhas folhas de vidro, quebraram. Eu queria ter, como as minhas amigas, lindas folhas verdes.
Pois bem: No dia seguinte, ao acordar, ele viu que tinha ganhado o que queria.
– Como estou feliz! Agora estou tranqüilo, sem medo de nada.
E as árvores vizinhas, ao ver o pinheirinho, falaram assim:
– Olha o pinheirinho! Coisa impressionante! Está igual a nós!
Mas durante o dia aconteceu que a cabra inventou de passear com seus cabritinhos. Assim que ela vê o pinheirinho, começa a chamar:
– Venham, filhinhos! Encham a pança, não deixem nada.
E os cabritinhos chegam pulando e devoram tudo em três segundos.
E aí, quando vem a noite, o pinheirinho, nuzinho, tremendo inteiro, começa a chorar como um bebê.
– Comeram tudo – fala baixinho. – Não sobrou nada. Perdi minhas folhas, as lindas folhas verdes, as folhas de vidro, as folhas de ouro. Se me devolvessem todas as agulhas, que bom seria!
E no dia seguinte, ao acordar, o pinheirinho nem sabe mais o que dizer. Seus velhos espinhos voltaram todos!
Quanta alegria!
Ele quase dança!
Acabou-se a mania de exibição. E as árvores vizinhas, vendo o pinheiro e percebendo que ele queria, falam assim:
– Olha o pinheirinho! Está como era antes!
Natha Caputo e Sara Cone Bryant