
- Nada, mamãe!
- Fale a verdade, Fatinha!
- Mamãe...Fatinha começou a chorar. Lita abraçou-a, dizendo:
- Menina, você sabe que sua avó não gosta de gato!- Mamãe, ele estava todo molhado. Coitadinho! Entretidas com o gato, as duas não perceberam alguém vindo pelo corredor. De repente a porta do quarto se abriu e dona Catarina arregalou os olhos de surpresa.
- Um gato aqui? Lita correu ao encontro da avó, justificando:
- Vovó, esse gatinho estava...
- Vocês sabem que não gosto de gato. Menina, solta esse bicho bem longe daqui! Já!
Fatinha não disse nada. Dona Catarina saiu do quarto, arrastando os chinelos. Lita foi atrás dela, tentando convencê-la. A chuva havia cessado repentinamente. O sol despontava no horizonte. Os pássaros cantavam. E Fatinha, saindo de casa para abandonar o gato, estava muito triste. Lita, olhando a filha caminhando devagarinho e segurando com tanto amor o gato, começou a chorar. Dona Catarina viu as suas lágrimas e ficou comovida. Ela disse:
- Lita, chame Fatinha pra voltar com o gato!
Lita, pulando de alegria, saiu correndo e gritando:
- Fatinha... Fatinha! Volte! Sua avó deixou...
A menina parou e enxugou as lágrimas. A vovó deixou ela ficar com o gato. Legal! Voltou pulando de alegria, beijou a mãe no rosto e disse:
- Meu gatinho está muito feliz!
Em casa, dona Catarina, olhando as duas abraçadas com o bichinho, concluiu:-
A gente não podia abandonar esse animal... Ele morreria de fome. É melhor cuidar dele.
Rubo Medina
Nenhum comentário:
Postar um comentário