Você certamente já passou pela experiência de deixar cair um pedaço de pão
ou torrada com manteiga.Antes mesmo de chegar ao chão provavelmente você já espera que
o lado da manteiga caia virado para o chão. Existe até um ditado que diz: “pão de pobre só
cai com manteiga pra baixo”. Mas será que é isso mesmo – obra do destino ou azar? Leia o
texto abaixo e vamos tentar descobrir:
Por que a torrada cai de ponta-cabeça?
Parece perseguição do azar: quando escapa da mão , um pedaço de pão ou torrada sempre
aterrissa com a manteiga voltada para baixo. Mas, segundo o físico Robert Matthews, da
universidade de Aston, em Birmingham, na Inglaterra, o inevitável acidente não é obra do destino,
mas resultado da ação da força de gravidade.
Depois de passar dias criando e resolvendo
complicadas equações, ele chegou à conclusão de que a manteiga sempre vai de encontro ao chão
simplesmente porque a torrada não tem tempo , durante a queda , de se virar para cima.
Quando
escorrega de uma mesa de altura média (cerca de 80 centímetros), ela começa a girar no ar. Daí para
a frente, o movimento segue o mesmo sentido, ao longo da queda. Para não cair de cabeça para
baixo, a torrada teria que dar uma volta bem grande em torno de si mesma, ou seja, percorrer cerca
de 270 graus, voltando a face amanteigada para cima. Mas, no final dos 80 centímetros da viagem,
ela não tem tempo para isso. Matthews fez os cálculos e concluiu : se não quiser manchar o tapete,
melhor comer sua torrada no alto de uma escada.
( Superinteressante , ano 9, nº 10)
E então? Que tal a explicação?
Você se convenceu? Provavelmente sim, e
vamos entender por quê.
A ciência tem feito descobertas cada vez mais rápidas e complexas, em
várias áreas do conhecimento. O tempo todo somos bombardeados com revelações novas e às
vezes surpreendentes. E todas estas informações chegam ate nós através de textos, sejam eles
orais (em palestras, conversas informais, pela televisão, etc.) ou escritos ( livros, revistas ,
jornais, etc).
Mas será que estes textos são simplesmente relatos imparciais, que se
limitam a transmitir um conhecimento real da ciência? Ou é possível que o texto de
divulgação científica tenha um caráter argumentativo, isto é, tente nos convencer de uma
“verdade”?
Por incrível que pareça, o texto de divulgação científica tem, sim, a
intenção de nos convencer de alguma coisa. Só que ele não faz isso de uma forma explícita,
clara. O nosso grande desafio é compreender que estratégias são utilizadas na produção deste
tipo de texto, para que sejamos menos ingênuos na sua leitura. Caso contrário corremos o
risco de que “façam a nossa cabeça” sem nos darmos conta. Vamos, então tentar descobrir
que mecanismos são esses e pensar um pouco sobre o texto de divulgação científica.
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
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