domingo, 26 de abril de 2015
POR QUE A TORRADA SEMPRE CAI COM A MANTEIGA PARA BAIXO?
Você certamente já passou pela experiência de deixar cair um pedaço de pão
ou torrada com manteiga.Antes mesmo de chegar ao chão provavelmente você já espera que
o lado da manteiga caia virado para o chão. Existe até um ditado que diz: “pão de pobre só
cai com manteiga pra baixo”. Mas será que é isso mesmo – obra do destino ou azar? Leia o
texto abaixo e vamos tentar descobrir:
Por que a torrada cai de ponta-cabeça?
Parece perseguição do azar: quando escapa da mão , um pedaço de pão ou torrada sempre
aterrissa com a manteiga voltada para baixo. Mas, segundo o físico Robert Matthews, da
universidade de Aston, em Birmingham, na Inglaterra, o inevitável acidente não é obra do destino,
mas resultado da ação da força de gravidade.
Depois de passar dias criando e resolvendo
complicadas equações, ele chegou à conclusão de que a manteiga sempre vai de encontro ao chão
simplesmente porque a torrada não tem tempo , durante a queda , de se virar para cima.
Quando
escorrega de uma mesa de altura média (cerca de 80 centímetros), ela começa a girar no ar. Daí para
a frente, o movimento segue o mesmo sentido, ao longo da queda. Para não cair de cabeça para
baixo, a torrada teria que dar uma volta bem grande em torno de si mesma, ou seja, percorrer cerca
de 270 graus, voltando a face amanteigada para cima. Mas, no final dos 80 centímetros da viagem,
ela não tem tempo para isso. Matthews fez os cálculos e concluiu : se não quiser manchar o tapete,
melhor comer sua torrada no alto de uma escada.
( Superinteressante , ano 9, nº 10)
E então? Que tal a explicação?
Você se convenceu? Provavelmente sim, e
vamos entender por quê.
A ciência tem feito descobertas cada vez mais rápidas e complexas, em
várias áreas do conhecimento. O tempo todo somos bombardeados com revelações novas e às
vezes surpreendentes. E todas estas informações chegam ate nós através de textos, sejam eles
orais (em palestras, conversas informais, pela televisão, etc.) ou escritos ( livros, revistas ,
jornais, etc).
Mas será que estes textos são simplesmente relatos imparciais, que se
limitam a transmitir um conhecimento real da ciência? Ou é possível que o texto de
divulgação científica tenha um caráter argumentativo, isto é, tente nos convencer de uma
“verdade”?
Por incrível que pareça, o texto de divulgação científica tem, sim, a
intenção de nos convencer de alguma coisa. Só que ele não faz isso de uma forma explícita,
clara. O nosso grande desafio é compreender que estratégias são utilizadas na produção deste
tipo de texto, para que sejamos menos ingênuos na sua leitura. Caso contrário corremos o
risco de que “façam a nossa cabeça” sem nos darmos conta. Vamos, então tentar descobrir
que mecanismos são esses e pensar um pouco sobre o texto de divulgação científica.
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
Obesidade infantil
O texto divulgação científica trata de algo com base em estudos mais aprofundados, frutos de pesquisas, experimentos, enfim, de uma dedicação exclusiva por parte de quem se dedica ao ramo da ciência e resolve, sem nenhuma dúvida, contribuir para o avanço dela de uma forma geral, contribuindo, consequentemente, para o bem da população, concebida como um todo.
Por Vânia Duarte
Graduada em letras
Obesidade infantil pode dobrar os riscos de morte antes dos 55 anos, diz estudo
A obesidade infantil mais do que dobra os riscos de morte antes dos 55 anos de idade, segundo estudo publicado no New England Journal of Medicine. Acompanhando, em longo prazo, quase 5 mil crianças nascidas entre 1945 e 1984, os pesquisadores notaram que um quarto dos voluntários que apresentava maior índice de massa corporal (IMC) tinha duas vezes maior taxa de morte por causas naturais antes dos 55 anos do que o grupo de menor IMC. Entre essas causas, os especialistas consideraram doença hepática alcoólica, doença cardiovascular, infecções, câncer, diabetes e overdose de drogas.
“O ponto principal é que a obesidade em crianças é um sério problema que precisa ser abordado seriamente”, ressaltou o pesquisador William C. Knowler, do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais. “O que este estudo particular mostra é que a obesidade causará o excesso de morte prematura”, completou o especialista.
Além da influência direta da obesidade infantil nos riscos de morte prematura, a pesquisa indicou que a intolerância à glicose – fator de risco para o diabetes – e a pressão alta na infância também cumprem um papel neste sentido. As taxas de morte foram 73% maiores entre o grupo de maior intolerância à glicose e 1,5 vezes maior entre aqueles que apresentavam pressão alta.
Em nota para a imprensa, o pediatra Marc Jacobson, da Academia Americana de Pediatria, destaca que o novo estudo é oportuno e importante, visto que mais de um sexto das crianças americanas estão obesas. “Ele nos dá mais dados relevantes sobre os efeitos da obesidade adolescente em longo prazo”. E, seguindo as diretrizes da Academia, o especialista recomenda a medida do índice de massa corporal em todas as crianças, e uma abordagem no estilo de vida daquelas que se apresentam obesas.
Para a prevenção, segundo ele, os pais podem usar o chamado 5210 – cinco porções diárias de frutas e vegetais, duas horas ou menos de TV por dia, uma hora de exercícios, e nenhuma ou pouquíssimas bebidas açucaradas.*
Ao estabelecermos familiaridade com o texto em questão, podemos comprovar acerca de tudo que foi expresso anteriormente.
* Texto extraído de “Clique Saúde”
Por Vânia Duarte
Graduada em letras