sábado, 30 de março de 2013

O Mestre e o Escorpião



             Um mestre do Oriente viu quando um escorpião estava se afogando e decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião o picou. Pela reação de dor, o mestre o soltou e o animal caiu de novo na água e estava se afogando de novo. O mestre tentou tirá-lo novamente e novamente o animal o picou. Alguém que estava observando se aproximou do mestre e lhe disse:
         — Desculpe-me, mas você é teimoso! Não entende que todas às vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo?
O mestre respondeu:
          — A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar.
Então, com a ajuda de uma folha o mestre tirou o escorpião da água e salvou sua vida.

       Não mude sua natureza se alguém te faz algum mal; apenas tome precauções. Alguns perseguem a felicidade, outros a criam. Preocupe-se mais com sua consciência do que com a sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, não é problema nosso... é problema deles.”



sexta-feira, 29 de março de 2013

Feliz páscoa meus amigos!!!




Páscoa é libertação
É amor e renovação
É passagem... continuidade
É certeza, mudança e conversão
É nova oportunidade
Um novo rumo, um novo caminho
Páscoa é ressurreição!

Páscoa é tempo de partilhar sentimentos
É dizer sim ao amor e à vida
É investir na fraternidade
É acreditar num mundo melhor
É vivenciar a solidariedade
É conjugar o verbo amar
É viver em comunhão

Páscoa é renascimento, é recomeço.
Páscoa é tempo de introspecção
Tempo de agradecimento
 por tudo que temos
e ainda teremos.

Nesta páscoa vamos lembrar
com amor e apreciação
de todas as pessoas
que em nossa vida
fazem diferença... VOCÊ!

Partilhe o teu sentimento!
Olhe para o lado...
Veja quem está próximo de ti
Abra os braços e abrace o seu irmão
Seja amistoso, carinhoso!
Doe um pouco do vosso amor.
Dê uma chance ao seu coração
de viver novos dias em renovação.

Uma feliz páscoa  pra você e sua família... com muitoooo amor no coração
Beijos com sabor de chocolate recheados com meu carinho.
Felizzzzzz Páscoa!!!!!
Gracita

quarta-feira, 27 de março de 2013

Dia da amizade virtual



Amigos são presentes!
São dádivas celestiais
Sãos irmãos escolhidos pelo coração.

Os amigos da blogosfera
os chamamos de amigos virtuais
De virtuais eles só tem o nome.

Detrás desta tela fria
Bate um lindo coração
Um ser humano admirável
que se desnuda diante de um texto
um poema ou uma singela mensagem

E em meio a cabos, conexões, satélites
Em teus lábios aflora o sorriso
noutras as lágrimas inundam-lhe os olhos
e sem censura deixa fluir a emoção.

A alma transfigura
e do teclado antes gelado
surge um delicado bordado
são doces mensagens 
regadas a carinho e emoção.

E nessa troca de recadinhos
vamos estreitando os laços.
Criamos uma teia de amor.

E as visitinhas de cortesia
ficaram somente na fantasia.
Hoje através desta mesma telinha
temos sublimes encontros
regados pelo imenso carinho
de uma gigantesca amizade.

Gracita

sexta-feira, 22 de março de 2013

O dia em que vi Pégaso nascer





Eu costumava observar Perseu do alto do Olimpo e acompanhar seu treinamento de guerreiro. Ele era jovem, veloz, esperto, mas gostava de tentar fazer coisas além de suas forças.
Convidado para jantar na casa do rei, Perseu decidiu que precisava impressioná-lo. E declarou, diante de todos os convidados, que arriscaria a vida para matar Medusa, minha monstruosa inimiga, a criatura gigantesca que destruía todos os que se atrevessem a entrar em seu esconderijo nas cavernas.
Medusa era o nome de uma das três cabeças das górgonas que habitavam o corpo de um enorme dragão. Suas patas mortais eram de bronze, e as pequenas patas, de ouro. O olhar de medusa era tão poderoso que transformava homens em estátuas de pedra. Para vencê-la, seria necessária muita força, agilidade e toda a proteção do mundo.
Quando me contaram que Perseu havia se oferecido para enfrentar a fera, admirei sua coragem e resolvi ajudá-lo. Assim que a luta entre ambos foi marcada, tive uma idéia: chamei à minha presença Hermes, meu irmão, mensageiro dos deuses, e juntos nos revelamos a Perseu. Nós lhe dissemos que precisávamos estar ao seu lado durante a luta e que, caso desejasse a vitória, deveria obedecer às nossas ordens.
Primeiro lhe pedimos que procurasse as ninfas, as jovens mágicas dos lagos e rios, pois elas o amavam e fabricariam uma arma especial para ele. Perseu obedeceu, e das lindas ninfas ganhou sandálias aladas, uma sacola mágica e um capacete que lhe conferiu o poder da invisibilidade.
Hermes, achando que Perseu necessitava de mais de uma arma, ofereceu-lhe uma lança leve e cortante como a minha. Quanto a mim, Palas Atena, deusa grega da sabedoria*, resolvi acompanhá-lo, pessoalmente e lutar a seu lado caso fosse preciso.
No dia do combate, desci até a gruta do monstro e me escondi num canto. O lugar era repugnante. A fera exalava um cheiro horrível, o ar estava úmido e pesado, por todos os lados eu via estátuas de pedra, na verdade os corpos dos guerreiros assassinados por Medusa e suas irmãs.
A entrada de Perseu foi inesquecível. Ele rasgou os céus como uma águia. Rapidamente aplicou um golpe certeiro no monstro e cortou-lhe uma das cabeças. Sangue verde espalhou-se por toda a caverna, e as duas cabeças restantes começaram a urrar. Ainda voando, Perseu afastou-se e, em seguida, apontou sua lança contra a segunda cabeça. Ela também caiu por terra. Só que, quando isso aconteceu, uma das patas do monstro o atingiu e Perseu perdeu o equilíbrio. Seu capacete caiu no chão e ele imediatamente se tornou visível.
— Ah! Jovem atrevido! — gritou a Medusa com sua voz grossa e tenebrosa. No ar, Perseu voava em círculos, mantendo-se de costas para o monstro. Ele sabia que, caso a fitasse nos olhos, se transformaria numa estátua. — Agora você não me escapa!
Percebi que precisava entrar em cena. Lembrei-me de que tinha um escudo comigo. Gritei:
— Perseu! apanhe o escudo, proteja-se!
Recuperando as forças Perseu agarrou meu escudo no ar. Ele havia sido forjado pelas ninfas. Sua superfície brilhava com a limpidez das águas e refletia imagens como um espelho. Empunhando-o, Perseu desafiou a fera:
— Olhe para mim, criatura medonha!
Quando ela percebeu o truque, era tarde demais. Perseu levantou o escudo na altura da cabeça do monstro. Assim que a Medusa olhou para a própria imagem refletida em sua superfície polida, sentiu seu corpo todo enrijecer-se e transformar-se numa gigantesca estátua acinzentada.
Perseu desceu ao solo e eu o amparei. Ele se recostou contra a parede e, ao seu lado, presenciei uma das mais belas cenas de minha longa vida de deusa. Do sangue verde e viscoso das horríveis górgonas saiu uma luz azul dourada e brilhante que aos poucos foi tomando forma. Lentamente foram surgindo os contornos de um maravilhoso cavalo alado.
O magnífico animal aproximou-se de nós e abaixou a cabeça, balançando a crina ondulante e prateada como se nos cumprimentasse. O nome Pégaso estampou-se em minha mente e eu o acariciei. Em seguida, Perseu montou no dorso do animal para que este o levasse até seu rei. Perseu prometera entregar-lhe a cabeça cortada de Medusa.
E que espanto meu jovem amigo causaria ao mostrar aos gregos seu luminoso animal e seu novo escudo, com a face tenebrosa da Medusa eternamente marcada em sua superfície mágica!


PRIETO, Heloísa. Divinas aventuras: histórias da mitologia grega. São Paulo: Cia das Letrinhas, 2000. p. 13-5. (* trecho incluído para fins didáticos)

O menino que mentia



1)faça a leitura do trecho da fábula " O menino que mentia" e observe o que há de estranho:

UM PASTOR COSTUMAVA LEVAR SEU REBANHO PARA FORA DA ALDEIA UM DIA RESOLVEU PREGAR UMA PEÇA NOS VIZINHOS UM LOBO UM LOBO ELE VAI COMER MINHAS OVELHAS OS VIZINHOS LARGARAM O TRABALHO E SAÍRAM CORRENDO PARA O CAMPO PARA SOCORRER O MENINO MAS ENCONTRARAM-NO ÀS GARGALHADAS NÃO HAVIA LOBO NENHUM  AINDA OUTRA VEZ ELE FEZ A MESMA BRINCADEIRA E TODOS VIERAM AJUDAR E ELE CAÇOOU DE TODOS 


a) Foi fácil ler esse texto? Por que? O que você descobriu?
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b) Reescreva o trecho da fábula de modo que fique mais fácil compreendê-lo. Para isso, utilize sinais de pontuação.
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c) Apresente seu trabalho aos colegas e revise com seu professor e a turma da sala.



Fonte: Ler e Escrever - 2012
Agora, veja o texto na íntegra. 



Um pastor costumava levar seu rebanho para fora da aldeia. Um dia resolveu pregar uma peça nos vizinhos.
__Um lobo! Um lobo! Socorro! Ele vai comer minhas ovelhas!
Os vizinhos largaram o trabalho e saíram correndo para o campo para socorrer o menino. Mas encontraram-no às gargalhadas. Não havia lobo nenhum.
Ainda outra vez ele fez a mesma brincadeira e todos vieram ajudar; e ele caçoou de todos.
Mas um dia o lobo apareceu de fato e começou a atacar as ovelhas. Morrendo de medo, o menino saiu correndo.
__Um lobo! Um lobo! Socorro!
Os vizinhos ouviram, mas acharam que era caçoada. Ninguém socorreu e o pastor perdeu todo o rebanho.

Ninguém acredita quando o mentiroso fala a verdade.

BENNETT, William J. O livro das virtudes para crianças. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

sábado, 16 de março de 2013

Macarrão ao molho branco - simples e rápido





INGREDIENTES
4.5
·         1 cebola pequena picada
·         1 colher de margarina
·         1 caixinha de creme de leite
·         1/2 l de leite
·         1 colher de sopa cheia de maizena
·         1 xícara de queijo ralado ( de preferência roquefort ou parmesão)
·         Pimenta do reino
·         1 colher de sobremesa rasa de sal

MODO DE PREPARO
1.      Coloque a margarina na panela e, quando estiver totalmente derretida acrescente a cebola, o sal e a pimenta
2.     Quando a cebola estiver transparente, acrescente o creme de leite
3.     Deixe cozinhar por 1 ou 2 minutos, para pegar o gosto
4.     Coloque o leite (com a maizena dissolvida, para não empelotar)
5.     Mexa até o molho começar a ter uma consistência mais firme
6.     Quando o molho estiver com forma mais firme, desligue o fogo e acrescente o queijo, mexendo bem, para ele não grudar
7.     O molho está pronto
8.    Sirva com macarrão ou arroz de forno
9.     Você pode acrescentar brócolis ou frango desfiado ao molho
10.Fica uma delícia

domingo, 10 de março de 2013

Pudim de tapioca


Boa sugestão para o RÉVEILLON
É uma receita simples, porém muito saborosa. Seus convidados irão apreciar


Ingredientes:
·                      1 xícara (chá) de farinha de tapioca
·                         1 litro de leite
·                         4 gemas
·                         300 g de coco ralado
·                         1 lata de leite condensado
·                         1 xícara (chá) de açúcar
·                         4 claras batidas em neve
·                         1 xícara (chá) de açúcar
Modo de preparo:
 Em uma tigela, coloque 1 xícara (chá) de tapioca do Pará e 1 litro de leite misture e deixe hidratar por 12 h.
Adicione a tapioca (já hidratada) 4 gemas, 300 g de coco ralado, 1 lata de leite condensado e 1 xícara (chá) de açúcar e misture bem até formar um creme. Acrescente 4 claras batidas em neve e misture delicadamente. Coloque esta mistura em uma forma de pudim caramelada com 1 xícara (chá) de açúcar e leve ao forno médio em banho-maria por 1 h ou até que a superfície esteja dourada. Retire do forno e leve para gelar. Desenforme e sirva em seguida.

Amazônia.


Fonte: Estadao.com.br
A perda de floresta tropical pode afetar pessoas a milhares de quilômetros de distância, de acordo com um novo estudo. O desmatamento pode causar uma grave redução das chuvas nos trópicos, com graves consequências para as pessoas, não só nesta região, mas em áreas vizinhas, disseram pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra, e do Centro de Ecologia e Hidrologia do Conselho de Pesquisa Ambiental Britânico.


O ar que passa sobre grandes áreas de floresta tropical produz pelo menos duas vezes mais chuva do que o que se move através de áreas com pouca vegetação. Em alguns casos, florestas contribuem para o aumento de precipitação a milhares de quilômetros de distância, de acordo com o estudo publicado na revista Nature.


Considerando as estimativas futuras de desmatamento, os autores afirmam que a destruição da floresta pode reduzir as chuvas na Amazônia em 21% até 2050 durante a estação seca. "Nós descobrimos que as florestas na Amazônia e na República Democrática do Congo também mantêm a precipitação nas periferias destas bacias, ou seja, em regiões onde um grande número de pessoas depende dessas chuvas para sobreviver", disse o autor do estudo, Dominick Spracklen, da Escola sobre a Terra e o Ambiente da Universidade de Leeds. "Nosso estudo sugere que o desmatamento na Amazônia ou no Congo poderia ter conseqüências catastróficas para as pessoas que vivem a milhares de quilômetros de distância em países vizinhos."


Impacto na Argentina, Paraguai, Brasil e Uruguai 

O estudo demonstra a importância fundamental da proteção à floresta, segundo seus autores. Em declarações anteriores à BBC, o cientista José Marengo, especialista em mudanças climáticas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil, Inpe, explicou por que a floresta amazônica afeta as chuvas tanto no sul do Brasil quanto em Argentina, Uruguai e Paraguai.


Os ventos alísios, que vêm do Oceano Atlântico para o continente, arrastam umidade para o interior da América do Sul tropical, isto é, a Amazônia e o Nordeste do Brasil. E além da humidade que vem do Atlântico, a vegetação amazônica contribui para o aumento da umidade através do processo de evapotranspiração, como é denominada a evaporação dos rios juntamente com a transpiração das plantas.


"Esta umidade é carregada pelo vento em direção aos Andes, que desvia para o Sudeste da América do Sul. Assim, algumas das chuvas que ocorrem na bacia do Rio da Prata, incluindo sul do Brasil, de fato vêm da Amazônia ", disse Marengo. "Se não existisse a floresta amazônica, o Sul teria menos umidade, de forma que Paraguai, Uruguai, Argentina e o sul do Brasil devem à Amazônia parte de suas chuvas".


Deslocamento de ar 

Os cientistas têm debatido a ligação entre a vegetação e precipitação ao longo de décadas. É sabido que as plantas retornam a umidade do ar através do processo de evapotranspiração, mas não está claro o impacto das florestas tropicais em termos de quantidade e distribuição geográfica.


Os autores do novo estudo usaram dados de satélite da Nasa sobre a vegetação e precipitação, e um modelo de previsão de padrões de movimentos de vento. "Nós vimos o que aconteceu com o ar nos dias anteriores, que caminho havia tomado e sobre que área de vegetação", disse Spracklen.


Os pesquisadores analisaram a trajetória das massas de ar de diferentes partes de florestas. Quanto maior era a vegetação sobre a qual o ar tinha viajado, maior umidade e a quantidade de precipitação produzidos. "As observações mostram que, para compreender como as florestas impactam as chuvas, temos de levar em conta a forma como o ar interagiu com vegetação durante sua viagem de milhares de quilômetros", disse Stephen Arnold, um pesquisador da Universidade de Leeds e co-autor do estudo.


"Isso tem implicações importantes para os tomadores de decisão quando se considera o impacto ambiental do desmatamento, já que seus efeitos nas chuvas podem se sentir não só localmente, mas em uma escala continental". "O Brasil fez recentemente alguns avanços na redução dos altos índices de desmatamento, e nosso estudo mostra que este progresso deve ser mantido".


Um estudo anterior, publicado na revista Nature em janeiro, mostrava que a combinação de agricultura, desmatamento e mudança climática estão enfraquecendo o ecossistema amazônico, potencialmente levando à perda de sua capacidade de retenção de dióxido de carbono e geração de chuva. O estudo conclui que, apesar da grande redução do desmatamento na Amazônia brasileira (28 mil hectares por ano em 2004 para 7.000 hectares em 2011), a floresta permanece frágil.


(Estadão.com.br, 08/09/2012)

A perda de floresta tropical pode afetar pessoas a milhares de quilômetros de distância, de acordo com um novo estudo. O desmatamento pode causar uma grave redução das chuvas nos trópicos, com graves consequências para as pessoas, não só nesta região, mas em áreas vizinhas, disseram pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra, e do Centro de Ecologia e Hidrologia do Conselho de Pesquisa Ambiental Britânico.


O ar que passa sobre grandes áreas de floresta tropical produz pelo menos duas vezes mais chuva do que o que se move através de áreas com pouca vegetação. Em alguns casos, florestas contribuem para o aumento de precipitação a milhares de quilômetros de distância, de acordo com o estudo publicado na revista Nature.


Considerando as estimativas futuras de desmatamento, os autores afirmam que a destruição da floresta pode reduzir as chuvas na Amazônia em 21% até 2050 durante a estação seca. "Nós descobrimos que as florestas na Amazônia e na República Democrática do Congo também mantêm a precipitação nas periferias destas bacias, ou seja, em regiões onde um grande número de pessoas depende dessas chuvas para sobreviver", disse o autor do estudo, Dominick Spracklen, da Escola sobre a Terra e o Ambiente da Universidade de Leeds. "Nosso estudo sugere que o desmatamento na Amazônia ou no Congo poderia ter conseqüências catastróficas para as pessoas que vivem a milhares de quilômetros de distância em países vizinhos."


Impacto na Argentina, Paraguai, Brasil e Uruguai

O estudo demonstra a importância fundamental da proteção à floresta, segundo seus autores. Em declarações anteriores à BBC, o cientista José Marengo, especialista em mudanças climáticas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil, Inpe, explicou por que a floresta amazônica afeta as chuvas tanto no sul do Brasil quanto em Argentina, Uruguai e Paraguai.


Os ventos alísios, que vêm do Oceano Atlântico para o continente, arrastam umidade para o interior da América do Sul tropical, isto é, a Amazônia e o Nordeste do Brasil. E além da humidade que vem do Atlântico, a vegetação amazônica contribui para o aumento da umidade através do processo de evapotranspiração, como é denominada a evaporação dos rios juntamente com a transpiração das plantas.


"Esta umidade é carregada pelo vento em direção aos Andes, que desvia para o Sudeste da América do Sul. Assim, algumas das chuvas que ocorrem na bacia do Rio da Prata, incluindo sul do Brasil, de fato vêm da Amazônia ", disse Marengo. "Se não existisse a floresta amazônica, o Sul teria menos umidade, de forma que Paraguai, Uruguai, Argentina e o sul do Brasil devem à Amazônia parte de suas chuvas".


Deslocamento de ar

Os cientistas têm debatido a ligação entre a vegetação e precipitação ao longo de décadas. É sabido que as plantas retornam a umidade do ar através do processo de evapotranspiração, mas não está claro o impacto das florestas tropicais em termos de quantidade e distribuição geográfica.


Os autores do novo estudo usaram dados de satélite da Nasa sobre a vegetação e precipitação, e um modelo de previsão de padrões de movimentos de vento. "Nós vimos o que aconteceu com o ar nos dias anteriores, que caminho havia tomado e sobre que área de vegetação", disse Spracklen.


Os pesquisadores analisaram a trajetória das massas de ar de diferentes partes de florestas. Quanto maior era a vegetação sobre a qual o ar tinha viajado, maior umidade e a quantidade de precipitação produzidos. "As observações mostram que, para compreender como as florestas impactam as chuvas, temos de levar em conta a forma como o ar interagiu com vegetação durante sua viagem de milhares de quilômetros", disse Stephen Arnold, um pesquisador da Universidade de Leeds e co-autor do estudo.


"Isso tem implicações importantes para os tomadores de decisão quando se considera o impacto ambiental do desmatamento, já que seus efeitos nas chuvas podem se sentir não só localmente, mas em uma escala continental". "O Brasil fez recentemente alguns avanços na redução dos altos índices de desmatamento, e nosso estudo mostra que este progresso deve ser mantido".


Um estudo anterior, publicado na revista Nature em janeiro, mostrava que a combinação de agricultura, desmatamento e mudança climática estão enfraquecendo o ecossistema amazônico, potencialmente levando à perda de sua capacidade de retenção de dióxido de carbono e geração de chuva. O estudo conclui que, apesar da grande redução do desmatamento na Amazônia brasileira (28 mil hectares por ano em 2004 para 7.000 hectares em 2011), a floresta permanece frágil.


 Fonte: estadao.com.br- 08/09/2012)

sábado, 2 de março de 2013

Os três cabritinhos


 
 Era uma vez três cabritinhos travessos que costumavam pastar numa colina onde havia um capim bem verdinho. Para se chegar lá, porém, tinham que atravessar uma ponte embaixo da qual morava uma bruxa terrível e horrorosa, que tinha um nariz curvo e comprido e uns olhos enormes, bem arregalados.

Um dia, quando o sol já se ia escondendo, lá foram os cabritinhos travessos pastar. Na frente, vinha o cabritinho mais novo atravessando a ponte: Trip, trap, trip, trap...
- Quem está caminhando sobre a minha ponte? Rosnou a megera.
- Sou eu, o cabritinho caçula. Vou pastar lá na colina para ficar bem gordinho, disse o menor de todos, com um fiozinho de voz.
- Espera aí que já vou te devorar, respondeu a bruxa.
- Oh, não, por favor! Eu sou tão magrinho, disse o caçula. Espere um pouco, 
uco, que já vem aí o meu irmão mais velho, ele é muito maior do que eu.    
Ouvindo isto, a Bruxa resolveu esperar o outro cabritinho.

"Trip, trap, trip, trap..."

- Quem está passando na minha ponte?

- Sou eu, o segundo cabritinho. Vou pastar lá na colina, para engordar um pouco.
- Espera aí, já vou te comer.
- Por favor, dona Bruxa, deixe-me passar. Lá vem vindo o meu irmão mais velho. Ele é muito maior do que eu.                                                                                                               

A Bruxa ficou esperando.                                                                                       
"Trip, trap, trip, trap..."                                                          


- Quem está passando aí na minha ponte?

- Sou eu, o maior dos cabritos.

- Espera aí, vou te comer todo de uma vez.
Mas, dessa vez a resposta foi bem diferente: - Venha, que sou bem valente! De bruxas não temo o berro. Pra isso, tenho bons dentes, E chifres que são de ferro!
A Bruxa tentou agarrar o cabrito, mas ele não perdeu tempo: avançou sobre ela, empurrou-a com os chifres e atirou-a dentro do rio que passava em baixo da ponte. Depois, calmamente, foi reunir-se aos irmãos, no pasto da colina. Os três cabritinhos engordaram tanto, que mal puderam voltar para casa. Quanto à bruxa, nunca mais se ouviu falar nela.

  Peter Christen Asbjornsen traduzido pela sra. Gudrun

“Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.”